segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation) - 2017

Hoje resolvi voltar e trazer uma review saindo do forno: nossa queridinha Annabelle voltando com tudo às telinhas e levando muita gente pra poltrona do cinema levar uns sustos. Pode ler tranquilo que aqui é spoiler-free :)


Annabelle 2: A Criação do Mal/Annabelle: Creation
·   Nota no site IMDb: 7,1
·   Direção: David F. Sandberg
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 109 min.
·   Elenco:   Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt5140878/)

Sinopse:
Anos após a trágica morte de sua filha, um habilidoso artesão de bonecas e sua esposa decidem, por caridade, acolher em sua casa uma freira e dezenas de meninas desalojadas de um orfanato. Atormentado pelas lembranças traumáticas, o casal ainda precisa lidar com um amedrontador demônio do passado: Annabelle, criação do artesão.
(http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241900/)

Crítica:
   Antes de começar, devo já ir tirando meu chapéu para James Wan, a mente brilhante por trás das novas franquias que despontam no cinema a todo ano e já viraram sinônimo de sucesso e salas lotadas: Invocação do Mal e Sobrenatural que, delas, podemos nos deliciar com seus spin-offs de sucesso. A Freira e o Homem Torto estão em produção, e Annabelle já nos conquista desde sua pequena aparição em Invocação do Mal. A forma que Wan aborda suas histórias de um jeito simples e claro, sem muitas delongas, somado à verossimilhança das histórias por já terem acontecido, de certa forma (com o casal Warren), faz seus filmes se diferenciarem do lugar-comum. Que venham muito mais spin-offs e franquias.

Nesta casa todos guardam segredos...
     Agora podemos voltar à nossa boneca favorita. Neste longa, prequel(¹) do primeiro filme, descobrimos como começou a história de Annabelle e vemos como ele leva aos acontecimentos do filme passado, enfim juntando as pontas, um trabalho impecável de roteiro. Começamos com uma família unida e amorosa que sofre uma grande perda e descobre um jeito (terrível, diga-se por sinal) de lidar com isso. Algumas coisas só entendemos com o desenrolar do filme, assim fazendo-nos nos apegar mais aos personagens, e não apenas desejar que eles morram. O longa também conta com alívios cômicos trazidos pela excelente atriz Lulu Wilson, que faz Linda, que se diferencia por ter atitudes que finalmente qualquer pessoa sensata teria em uma situação de horror, destoando-se de outros personagens que sabemos que vão morrer.


Seria a única pessoa sensata do filme?

        Deixando de lado a história, bastante sólida e com reviravoltas e bastante suspense, temos uma fotografia impecável e cortes de cena que se completam, fora ótimas atuações também por parte das crianças. O filme, ao contrário de 90% de filmes de terror, não se passa totalmente no escuro, e sim se valendo de muitas cenas com luz solar a pino que te deixam de cabelo em pé igualmente se estivesse tudo escuro, contando apenas com simples jogos de luz e sombra. Os enquadramentos e movimentos de câmera são piores que os sustos em si: com sutileza guiam o olhar do espectador para olhar além do que está em tela. É aquele princípio: "não quero olhar pois sei que alguma coisa vai acontecer, mas tenho que olhar mesmo assim." A boneca também não deixa por menos: parada e com olhar constante em todo tempo de tela, consegue deixar o espectador tenso apenas por sua presença na cena, mesmo não movendo um fio de cabelo.


Juro que tô quietinha!

        No fim das contas, a única coisa que queremos é não pagar um ingresso caro de cinema para ver os mesmos clichês. Em Annabelle, que mistura cenas de suspense com algumas poucas de gore(²), temos um equilíbrio perfeito entre história, produção e atuação. Mesmo com muitos filmes de terror que prometem vindo em 2017, não deixe de ver a boneca na tela grande. Mas para quem se impressiona fácil, passe longe!

(¹)Prequel:  é o nome dado a uma obra narrativa que contém elementos ambientados no mesmo universo ficcional, cuja história antecede ao trabalho anterior, apresentando eventos que ocorreram antes da obra original.
(²)Gore: cenas que, deliberadamente, se concentram em representações gráficas de sangue e violência explícita.




segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Quando as Luzes se Apagam (Lights Out) - 2016

Hoje tem review quentinha desse filme que saiu na quinta feira e já está levando pessoas ao cinema sem entrarem na sala de Esquadrão Suicida, olha só! Pode ler e relaxa que aqui sempre é sem spoiler.


Quando as Luzes se Apagam/Lights Out
·   Nota no site IMDb: 6,8
·   Direção: David F. Sandberg
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 81 min.
·   Elenco:  Teresa Palmer, Gabriel Bateman, Maria Bello
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt4786282/)

Sinopse:
"Desde que era pequena, Rebecca tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade."
(http://www.adorocinema.com/filmes/filme-238670/)

Crítica:
   Com o ano de 2016 repleto de grandes produções de super heróis, o mar não está muito pra peixe nesse nosso gênero tão adorado que é o terror. A Bruxa, Sobrenatural 3, Invocação do Mal 2 e A Entidade 2 eram grandes apostas para levar o público aos cinemas, dos fãs aos simpatizantes de bons sustos. A maioria, no entanto, prometeu e não cumpriu. Invocação 2 prometeu e... cumpriu, resultando em duplicar uma fórmula boa de James Wan, que faz sucesso, e assim promete mais do mesmo (pode esperar Invocação do Mal 10 vindo por aí. Tô reclamando? Não! #adoro). E assim chegou Lights Out às telonas, em bad timing, ou good, quando muita gente já viu Esquadrão Suicida e procura alguma promessa boa no cinema de domingo à tarde.
   O filme estreou dia 18 de agosto, porém seu escopo já rola há tempos na Internet, por meio de um curta bastante conhecido nosso, homônimo e dirigido também por David. Caso não lembre ou não tenha acessado a Internet nos últimos 3 anos, você pode assistir aqui.

Parece a barbiezinha!
   O diretor, há tempos querendo fazer um filme de terror, emplacou a ideia de adaptar o roteiro do curta (que foi bastante aclamado e o rendeu um prêmio de melhor direção), apostando em um terror simples e primitivo, que é o medo do escuro. O que pode estar no escuro? Como se defender? O que nossos olhos não podem enxergar? O filme tenta mexer com o espectador a todo custo.
   Após te situar no universo do filme, posso falar a verdade né? Mesmo com a mãozinha do James Wan (que entrou pra fazer um meio de campo com o diretor e colocar o nome dele em outra obra, pq não?), não deu pra salvar. Com uma história que não comove nem convence, temos 81 minutos mal contados que não se preocupam em nenhum instante explicar algo para o espectador, que apenas assiste e aceita confuso uma história forçada de uma menina louca. Ao menos conta com alguns alívios cômicos e uma boa direção de fotografia, que nos presenteia com cortes e jogos de câmera visualmente bonitos. Acha que o Wan ia deixar o nome dele sair em 100% porcaria?

Alô alô vcs sabem quem sou eu?
   Para quem gosta dos famosos jumpscares, temos alguns, claro. O filme é para todos os gostos. Porém jumpscare não segura filme, muito menos CGI. O que temos é uma estréia "legal" do diretor no mundo dos longas e quem sabe uma promessa que pode render, se bem direcionada. Porém assista sem compromisso nem vontade de ver uma boa história, pois vai ficar literalmente no escuro!

terça-feira, 14 de junho de 2016

Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2) - 2016

Acabei de voltar do cinema e que filme, meus amigos!! Não podia deixar passar o hype para trazer a review dessa franquia incrível pra vocês. Sem mais demora, review de um dos maiores hypes de 2016.


Invocação do Mal 2/The Conjuring 2
·   Nota no site IMDb: 8,2
·   Direção: James Wan
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 134 min.
·   Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt3065204/)

Sinopse:
"Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970."
(retirado de: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-222796/)

Crítica:
   Um dos grandes hypes de 2016 (não citarei que é o mais importante pois há muitos filmes de herói vindo esse ano) estreou semana passada e já se tornou o 1º lugar dos EUA com maior bilheteria de terror em 3 anos (perdendo para Invocação do Mal 1 em 2013) e a maior bilheteria de um filme de terror no Brasil, batendo o lançamento Warcraft. Com uma bandeja de expectativa em cima criada pelo seu antecessor, James Wan assumiu a direção e fez bonito novamente.
   O filme, novamente utilizando a alcunha assustadora "baseado em fatos reais" traz à tona um dos casos mais conhecidos e investigados de paranormalidade da história: O Poltergeist de Enfield. O caso, verídico, aconteceu em 1977 no município de Enfield, em Londres, com uma família de 4 filhos; porém, o poltergeist escolheu apenas a filha de 11 anos Janet para possuir. O caso tomou proporções enormes e ficou conhecido em toda a Inglaterra e, logo depois, em todo o mundo.
   Até hoje o caso é discutido por várias informações apresentarem discrepância, bem como a menina Janet, hoje uma adulta, se negar veemente a dar qualquer tipo de entrevista, apenas aparecendo raramente na TV e agora novamente por causa da saída do filme. Muitas coisas não aconteceram de verdade, claro, sempre há um toque de Hollywood. Por isso que é "baseado".
Uma das fotos mais conhecidas do caso, onde supostamente a menina Janet levita. Porém, parece que está, na verdade, pulando. A foto divide opiniões até os dias atuais.
   O filme começa já com tensão, com o casal Ed e Lorraine Warren investigando o caso de Amityville, também conhecidíssimo, ocorrido em 1974 onde um jovem matou toda a sua família a pedido de 'vozes que falavam constantemente com ele'. Prepare-se para pular e entrar logo no clima. Pela duração do filme (quase duas horas e meia) há tempo suficiente para explorar toda a família, seus costumes, seu ambiente e rolar uma imersão boa do espectador. O filme não se torna cansativo, pois mescla cenas de tensão com até algumas emocionantes. O fantástico diretor, James Wan, vai preparando o clima do espectador até chegar no clímax, onde tudo se revela.
   Familiarizados com o clima de Invocação 1 sairão muito felizes do cinema. O filme possui de uma boa história a uma boa maquiagem, uma ótima continuidade, mistério e claro, vários jumpscares pra fazer a alegria de alguns. Lembrando que o filme não se apóia nos jumpscares, e sim utiliza-os na hora certa.
   O ano estava sendo difícil para os fãs de terror: com algumas apostas que acabaram afundando (principalmente devido ao marketing), nota-se que Invocação 2 foi mais discreto e não apostou tanto em alcunhas ("Filme mais assustador da década" "As pessoas vomitaram nas salas de cinema" e todos esses baits desnecessários). Assim, as pessoas foram assistir sabendo apenas que o diretor tem uma ótima fama e que o antecessor foi ótimo e estão saindo satisfeitas.
   O filme está recomendadíssimo, pra ver com amigo, pai, mãe, namorado, e principalmente sozinho à noite. Assista sem se prender à história original do poltergeist e terá um prato cheio.

domingo, 17 de abril de 2016

A Bruxa (The Witch) - 2015

Após 2 anos afastada do blog, em meio a bolsa, estágio, faculdade, TCC, decidi voltar para comentar este filme após muitos pedidos e, quem sabe, voltar para ficar. Sem mais delongas, o filme de horror mais amado/odiado de 2016, nosso querido A Bruxa.
[leia tranquilo, minhas análises não contém spoilers]


A Bruxa/The Witch
·   Nota no site IMDb: 7,2
·   Direção: Robert Eggers
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 92 min.
·   Elenco: Anya Taylor-Joy, Ralph Ineson, Kate Dickie
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt4263482/)

Sinopse:
"Nova Inglaterra, década de 1630. O casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da família seus piores medos e seu lado mais condenável."
(retirado de: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-233854/)

Crítica:
     A Bruxa, grande aposta de horror da Universal em 2016, foi um extremo divisor de opiniões. Por não ser um filme de terror "convencional" (o que quero dizer em convencional é: gritos, almas perseguindo gente, sustos, jasons com facões), os cinéfilos de plantão tiveram opiniões bastante diferentes: ame-o ou deixe-o. A ambientação antiga, as respostas deixadas no ar, um desenrolar entediante e um final "em aberto", são alguns dos fatores que fazem as pessoas começarem a se irritar e questionar se seu dinheiro foi bem gasto. O que não se pode reclamar da Universal foi seu grande afinco em aumentar o hype do público, sedento por um novo Exorcista.
     O filme começa com uma família sendo expulsa de um vilarejo por motivos religiosos e indo morar no meio do nada, na mais completa miséria, tanto financeira quanto mental. A partir de um acontecimento ocorrido com o bebê da família, toda a confiança é desestruturada e vemos um desgaste mental agravado por uma fé cega e uma religião que mais condena do que salva, afinal, quanto mais clamam por Deus, mais ele os abandona naquela floresta e eventos bizarros começam a acontecer.

Thomasin, representando a figura da mulher abusada e silenciada ao longo da história

    Fruto do diretor Robert Eggers, um diretor novato, A Bruxa não é um filme para dar sustos, fator este que desapontou 90% de seu público insatisfeito. Ganhador do prêmio Sundance, a película aposta principalmente em sua atmosfera, com ótima fotografia e jogos de câmera que mostram apenas um vislumbre do que seria visto, levando o telespectador a imaginar. A trilha sonora também é muito bem feita e constrói todo o ambiente de tensão. Sua construção, enfim, lembra nossa boa amiga A Bruxa de Blair. O filme deve ser assistido não com grandes expectativas, e sim se ater ao que foi mostrado no trailer. Tranquilo e aberto a novas experiências e sensações. Não é grande fã de suspense? Não gosta apenas de ficar na imaginação? Prefere sangue e tripas? Pulos da cadeira? Este não é o seu lugar.
     No fim, o que mais pecou em A Bruxa foi seu marketing, que prometia o filme mais assustador de 2016, e porque não, da década. Guardem seus likes para uma franquia como Invocação do Mal, ou Jogos Mortais, que satisfarão mais os jovens de 14 anos que vão assistir escondidos dos pais e só acham que o filme é BOM se fazer você borrar as calças. A Bruxa: um bom filme de suspense arruinado pelo marketing blockbuster.

terça-feira, 25 de março de 2014

The Cat Lady (2012)

Mais um post sobre jogos! Esse game saiu em 2012 mas só agora que o notei e procurei sobre. Antes da crítica, aviso que não o joguei, apenas vi o gameplay de 5 horas completo em um dia só.
Por ter gostado muito e também a pedidos, escreverei a crítica.



The Cat Lady

Fabricante: Harvester Games
Estilo: Adventure, Point-and-click
Sistema Operacional: Windows
Ano de lançamento: 2012

Sinopse:
     "The Cat Lady segue a história de Susan Ashwort, uma solitária de 40 anos de idade beirando o suicídio. Ela não tem família, não tem amigos e não há esperanças de um futuro melhor. Um dia, ela descobre que 5 estranhos aparecerão em sua vida e mudarão tudo."
(retirado e adaptado de http://www.desura.com/games/the-cat-lady)

Crítica:
   Como deu para perceber um pouco na sinopse e em uma das fotos de capa do jogo, The Cat Lady possui uma atmosfera no mínimo pesada e é recomendado apenas para maiores de 18 anos, principalmente pelas cenas explícitas de gore e violência.
   Começaremos pelo título: porque 'a senhora dos gatos'? Essa é uma expressão que designa uma pessoa triste e solitária, que geralmente possui muitos gatos morando consigo, justamente por gatos serem conhecidos como animais quietos e que ficam na deles, sem incomodar a ninguém, sendo apenas companhias silenciosas. Esse é exatamente o caso de nossa personagem central, Susan. O jogo já começa com ela mesma lendo sua carta de suicídio. E, a partir daí, as coisas só tendem a piorar. O jogo possui muitos momentos em que você não entende o que está acontecendo, se a história está acontecendo ou se é apenas na mente da personagem, se está viva, se está morta... afinal, não começamos a história com seu suicídio? Mas continuando, como dito na sinopse, 5 personagens aparecem na história e chacoalham a vida de Susan, mudando para melhor e, claro, para pior.
   Você terá que jogar em meio a decisões significativas e histórias e panos de fundo pesadíssimos de serial killers (que dariam um ótimo filme). Não é a toa que o jogo possui 3 finais: o tradicional, o bom e o ruim. Mas a história apenas diverge com mais de 90% de jogo, o que é bom, pois basta voltar apenas um pouco se quiser descobrir os outros finais.
   Contando com um ambiente 2D, side scrolling, e uma paleta de cores variando do cinza ao preto (mas o jogo possui momentos com cor também, e até algumas cenas 3D), pode parecer meio chato a princípio, pela jogabilidade ser bem humilde como todo bom jogo point-and-click, porém, à medida em que a história se desenrola, você percebe que estar imerso naquela narrativa é bem aterrorizante e até um pouco depressivo. Não que isso seja ruim! Para gamers que procuram jogos de horror, muitas vezes este é o objetivo principal. Além da trilha sonora fantástica e completamente imersiva, temos também a arte do jogo que é bem peculiar, amada por uns, odiada por outros, o que não minimiza nem um pouco o jogo; afinal, se a arte fosse bonitona ou mais colorida, o jogo perderia a cara que quer mostrar: de uma vida em preto e branco, com toques de vermelho.
   The Cat Lady é uma diversão para poucos. Para quem preza uma boa narrativa mais do que a jogabilidade em si e cansou de histórias repetitivas sobre morte ou serial killers, é um prato cheio. Bem vindo ao jogo indie mais sombrio do pedaço.




Nota: o jogo está a venda na Steam por pouco mais de 16 reais. Quem quiser ver o gameplay, recomendo os vídeos do Cry clicando aqui, onde ele joga e faz uma ótima narrativa. 


sábado, 18 de janeiro de 2014

A Maldição de Chucky (The Curse of Chucky) - 2013

Este filme saiu em outubro de 2013 e apenas hoje que assisti, na vaga esperança de que fosse lançado nos cinemas, porém, o filme foi lançado direto para DVD. Como uma grande fã da franquia, Chucky não pode passar batido nesse blog! <3


The Curse of Chucky/A Maldição de Chucky

·   Nota no site IMDb: 5,6
·   Direção: Don Mancini
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 97 min.
·   Elenco: Chantal Quesnelle, Fiona Dourif, Jordan Gavaris
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt2230358/)

Sinopse:
"Depois da morte misteriosa de sua mãe, Nica começa a suspeitar que o falante boneco ruivo o qual sua sobrinha está brincando pode ser a chave para o recente derramamento de sangue e caos."
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt2230358/)

Crítica:
E finalmente saiu o mais novo filme da franquia Child's Play, criada por Don Mancini (um dos poucos diretores de terror assumidamente gays, nice!), parada desde 2004, após 5 filmes de sucesso, que foram do terror ao humor negro, mas sem descaracterizar o personagem principal, Chucky, um boneco que carrega a alma de Charles Lee Ray, um notório psicopata praticante de vudu. 
Pois bem, a franquia tem uma particularidade a qual já falei, que é da 'mudança de gênero' ao decorrer dos longas. Em Brinquedo Assassino 1 (1998), 2 (1990) e 3 (1991), em que o boneco atormenta a vida da família Barclay, vemos uma história completamente sombria e pesada, onde não tem moleza, o boneco realmente quer matar tudo e todos e não relaxa até ter uma faca na mão e sangue no rosto. Porém, a partir do 4 (1998), vira um humor negro sem tamanho; Chucky consegue uma noiva e juntos saem por aí matando e fazendo piadas insanas. Perde-se a atmosfera tensa e pesada dos primeiros filmes e fica apenas o gore e piadas de sacanagem. 
Em A Maldição de Chucky, Don Mancini volta às origens da franquia, onde o boneco está lá para matar quem estiver à sua frente, não importa o quanto se deforme ou quantos olhos tenha que arrancar. Nesta nova história, ele é mandado por encomenda para uma família nunca vista nos filmes anteriores. Por coincidência, eles moram numa casa imensa com cara de filme de terror, no meio do nada, que tem energia e sinal cortados por uma tempestade. E aí começa nossa história, onde como sempre as pessoas vão morrendo de uma em uma por darem bobeira e não acreditarem que o assassino é simplesmente aquele boneco feio que fica mudando de lugar na casa sem você perceber. 
Sobre o boneco em si, faço uma crítica: sei que de 1988 para cá o FX, ou efeitos especiais, empregados nos filmes, avançaram demais. Vemos isso no boneco Chucky, com as expressões computadorizadas. O fato não agradou a maioria dos fãs, pois pareceu algo super artificial e, realmente, 'coisa de computador'. Nos filmes antigos, o boneco tinha várias cabeças para cada expressão, o que dava a impressão de realmente ser algo palpável, de ter um boneco real com expressões reais (fora que parece que ele pôs botox no rosto e fez escova progressiva).
                                     
          (Qual dá mais medo para vocês?)


Tirando os pormenores, o filme realmente teve uma volta aos antigos e podemos dizer que o boneco está em uma de suas melhores formas de matança. Vale a pena assistir se você é um fã do Chucky, ou apenas está procurando um bom filme de sustos e gore para sua noite de domingo. 


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Jogos Mortais/Saw The Game - (2009)

Acabei este jogo recentemente e percebi que se encaixa com a temática do blog. Decidi escrever uma crítica sobre ele também, a pedidos. 
 



Saw the Game/Jogos Mortais

Fabricante: Zombie Studios
Estilo: Ação, Plataforma
Sistema Operacional: Windows
Ano de Lançamento: 2009


Sinopse:

   "Survival horror em terceira pessoa com elementos de ação, este jogo se passa em um asilo abandonado aterrador, utilizando um misto de jogabilidade exploratória e de resolução de quebra-cabeças. Conforme você avança pelo asilo, irá encontrar todos os tipos de armadilhas, quebra-cabeças elaboradíssimos e imagens tenebrosas que irão testar sua habilidade em processar as pistas sem perder partes importantes de seu corpo em “acidentes” bizarros."
(adaptado de http://www.baixandonanet.com/download-jogo-saw-%E2%80%93-pc/) 

Crítica:

   Ambientado em um asilo imenso e abandonado, como visto na sinopse, este jogo já começa acertando na ambientação: digna de Jigsaw. Nele você joga com o detetive Tapp, o mesmo que apareceu no primeiro filme, interpretado por Danny Glover. A história gira em torno de fazer o detetive parar com sua obsessão por perseguir Jigsaw, que custou a vida de seu parceiro Sing e desestabilizou a vida de várias outras pessoas.
   O modo de terceira pessoa te dá vantagem em perceber bem o lugar à sua volta e prestar atenção em várias pistas: sim, há pistas sempre por todo lado, além de armadilhas. Uma parte chata do jogo talvez seja as armadilhas quase imperceptíveis e longe de checkpoints; o player faz tudo direitinho, acerta, e quando está chegando perto de um checkpoint morre em uma armadilha e tem fazer tudo de novo. Isso desestimula bastante.
   O jogo possui uma atmosfera tensa constante, além de existir pessoas, presas no asilo como você, que tentam te matar a qualquer custo. Escapar deles é difícil, você tem que matá-los, se não fosse pelo pequeno fato que você usa um colar de explosivos no pescoço e se passar tempo demais perto de outra pessoa que também tenha, ele explode. Ou seja, ou escapa, ou mata em tempo recorde! Uma grande sacada do clima de tensão e imersão também são os vários arquivos antigos do asilo que você encontra à medida que explora. Neles, com um inglês básico, você entende um pouco da história do asilo e pode ter um pouco de noção do horror que foi vivido ali dentro.
   Para um fã dos filmes Saw, o jogo parece às vezes o filme sendo interativo. Você tem que fazer escolhas, escapar de armadilhas antes que morra ou a porta se feche, ou a sala exploda. É importante ressaltar que o jogo também tem muitas CG's, inclusive com o famoso PigHead, a máscara de porco que assusta qualquer um. O game precisa de intuição, movimentos rápidos e nervos de aço para não desistir e fechar na primeira parte. É extremamente recomendado a fãs do gênero, e que joguem com as luzes apagadas e fones de ouvido!

                  " I want to play a game."