segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation) - 2017

Hoje resolvi voltar e trazer uma review saindo do forno: nossa queridinha Annabelle voltando com tudo às telinhas e levando muita gente pra poltrona do cinema levar uns sustos. Pode ler tranquilo que aqui é spoiler-free :)


Annabelle 2: A Criação do Mal/Annabelle: Creation
·   Nota no site IMDb: 7,1
·   Direção: David F. Sandberg
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 109 min.
·   Elenco:   Anthony LaPaglia, Samara Lee, Miranda Otto
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt5140878/)

Sinopse:
Anos após a trágica morte de sua filha, um habilidoso artesão de bonecas e sua esposa decidem, por caridade, acolher em sua casa uma freira e dezenas de meninas desalojadas de um orfanato. Atormentado pelas lembranças traumáticas, o casal ainda precisa lidar com um amedrontador demônio do passado: Annabelle, criação do artesão.
(http://www.adorocinema.com/filmes/filme-241900/)

Crítica:
   Antes de começar, devo já ir tirando meu chapéu para James Wan, a mente brilhante por trás das novas franquias que despontam no cinema a todo ano e já viraram sinônimo de sucesso e salas lotadas: Invocação do Mal e Sobrenatural que, delas, podemos nos deliciar com seus spin-offs de sucesso. A Freira e o Homem Torto estão em produção, e Annabelle já nos conquista desde sua pequena aparição em Invocação do Mal. A forma que Wan aborda suas histórias de um jeito simples e claro, sem muitas delongas, somado à verossimilhança das histórias por já terem acontecido, de certa forma (com o casal Warren), faz seus filmes se diferenciarem do lugar-comum. Que venham muito mais spin-offs e franquias.

Nesta casa todos guardam segredos...
     Agora podemos voltar à nossa boneca favorita. Neste longa, prequel(¹) do primeiro filme, descobrimos como começou a história de Annabelle e vemos como ele leva aos acontecimentos do filme passado, enfim juntando as pontas, um trabalho impecável de roteiro. Começamos com uma família unida e amorosa que sofre uma grande perda e descobre um jeito (terrível, diga-se por sinal) de lidar com isso. Algumas coisas só entendemos com o desenrolar do filme, assim fazendo-nos nos apegar mais aos personagens, e não apenas desejar que eles morram. O longa também conta com alívios cômicos trazidos pela excelente atriz Lulu Wilson, que faz Linda, que se diferencia por ter atitudes que finalmente qualquer pessoa sensata teria em uma situação de horror, destoando-se de outros personagens que sabemos que vão morrer.


Seria a única pessoa sensata do filme?

        Deixando de lado a história, bastante sólida e com reviravoltas e bastante suspense, temos uma fotografia impecável e cortes de cena que se completam, fora ótimas atuações também por parte das crianças. O filme, ao contrário de 90% de filmes de terror, não se passa totalmente no escuro, e sim se valendo de muitas cenas com luz solar a pino que te deixam de cabelo em pé igualmente se estivesse tudo escuro, contando apenas com simples jogos de luz e sombra. Os enquadramentos e movimentos de câmera são piores que os sustos em si: com sutileza guiam o olhar do espectador para olhar além do que está em tela. É aquele princípio: "não quero olhar pois sei que alguma coisa vai acontecer, mas tenho que olhar mesmo assim." A boneca também não deixa por menos: parada e com olhar constante em todo tempo de tela, consegue deixar o espectador tenso apenas por sua presença na cena, mesmo não movendo um fio de cabelo.


Juro que tô quietinha!

        No fim das contas, a única coisa que queremos é não pagar um ingresso caro de cinema para ver os mesmos clichês. Em Annabelle, que mistura cenas de suspense com algumas poucas de gore(²), temos um equilíbrio perfeito entre história, produção e atuação. Mesmo com muitos filmes de terror que prometem vindo em 2017, não deixe de ver a boneca na tela grande. Mas para quem se impressiona fácil, passe longe!

(¹)Prequel:  é o nome dado a uma obra narrativa que contém elementos ambientados no mesmo universo ficcional, cuja história antecede ao trabalho anterior, apresentando eventos que ocorreram antes da obra original.
(²)Gore: cenas que, deliberadamente, se concentram em representações gráficas de sangue e violência explícita.




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