segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Quando as Luzes se Apagam (Lights Out) - 2016

Hoje tem review quentinha desse filme que saiu na quinta feira e já está levando pessoas ao cinema sem entrarem na sala de Esquadrão Suicida, olha só! Pode ler e relaxa que aqui sempre é sem spoiler.


Quando as Luzes se Apagam/Lights Out
·   Nota no site IMDb: 6,8
·   Direção: David F. Sandberg
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 81 min.
·   Elenco:  Teresa Palmer, Gabriel Bateman, Maria Bello
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt4786282/)

Sinopse:
"Desde que era pequena, Rebecca tinha uma porção de medos, especialmente quando as luzes se apagavam. Ela acreditava ser perseguida pela figura de uma mulher e anos mais tarde seu irmão mais novo começa a sofrer do mesmo problema. Juntos eles descobrem que a aparição está ligada à mãe deles, Rebecca começa a investigar o caso e chega perto de conhecer a terrível verdade."
(http://www.adorocinema.com/filmes/filme-238670/)

Crítica:
   Com o ano de 2016 repleto de grandes produções de super heróis, o mar não está muito pra peixe nesse nosso gênero tão adorado que é o terror. A Bruxa, Sobrenatural 3, Invocação do Mal 2 e A Entidade 2 eram grandes apostas para levar o público aos cinemas, dos fãs aos simpatizantes de bons sustos. A maioria, no entanto, prometeu e não cumpriu. Invocação 2 prometeu e... cumpriu, resultando em duplicar uma fórmula boa de James Wan, que faz sucesso, e assim promete mais do mesmo (pode esperar Invocação do Mal 10 vindo por aí. Tô reclamando? Não! #adoro). E assim chegou Lights Out às telonas, em bad timing, ou good, quando muita gente já viu Esquadrão Suicida e procura alguma promessa boa no cinema de domingo à tarde.
   O filme estreou dia 18 de agosto, porém seu escopo já rola há tempos na Internet, por meio de um curta bastante conhecido nosso, homônimo e dirigido também por David. Caso não lembre ou não tenha acessado a Internet nos últimos 3 anos, você pode assistir aqui.

Parece a barbiezinha!
   O diretor, há tempos querendo fazer um filme de terror, emplacou a ideia de adaptar o roteiro do curta (que foi bastante aclamado e o rendeu um prêmio de melhor direção), apostando em um terror simples e primitivo, que é o medo do escuro. O que pode estar no escuro? Como se defender? O que nossos olhos não podem enxergar? O filme tenta mexer com o espectador a todo custo.
   Após te situar no universo do filme, posso falar a verdade né? Mesmo com a mãozinha do James Wan (que entrou pra fazer um meio de campo com o diretor e colocar o nome dele em outra obra, pq não?), não deu pra salvar. Com uma história que não comove nem convence, temos 81 minutos mal contados que não se preocupam em nenhum instante explicar algo para o espectador, que apenas assiste e aceita confuso uma história forçada de uma menina louca. Ao menos conta com alguns alívios cômicos e uma boa direção de fotografia, que nos presenteia com cortes e jogos de câmera visualmente bonitos. Acha que o Wan ia deixar o nome dele sair em 100% porcaria?

Alô alô vcs sabem quem sou eu?
   Para quem gosta dos famosos jumpscares, temos alguns, claro. O filme é para todos os gostos. Porém jumpscare não segura filme, muito menos CGI. O que temos é uma estréia "legal" do diretor no mundo dos longas e quem sabe uma promessa que pode render, se bem direcionada. Porém assista sem compromisso nem vontade de ver uma boa história, pois vai ficar literalmente no escuro!

terça-feira, 14 de junho de 2016

Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2) - 2016

Acabei de voltar do cinema e que filme, meus amigos!! Não podia deixar passar o hype para trazer a review dessa franquia incrível pra vocês. Sem mais demora, review de um dos maiores hypes de 2016.


Invocação do Mal 2/The Conjuring 2
·   Nota no site IMDb: 8,2
·   Direção: James Wan
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 134 min.
·   Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt3065204/)

Sinopse:
"Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970."
(retirado de: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-222796/)

Crítica:
   Um dos grandes hypes de 2016 (não citarei que é o mais importante pois há muitos filmes de herói vindo esse ano) estreou semana passada e já se tornou o 1º lugar dos EUA com maior bilheteria de terror em 3 anos (perdendo para Invocação do Mal 1 em 2013) e a maior bilheteria de um filme de terror no Brasil, batendo o lançamento Warcraft. Com uma bandeja de expectativa em cima criada pelo seu antecessor, James Wan assumiu a direção e fez bonito novamente.
   O filme, novamente utilizando a alcunha assustadora "baseado em fatos reais" traz à tona um dos casos mais conhecidos e investigados de paranormalidade da história: O Poltergeist de Enfield. O caso, verídico, aconteceu em 1977 no município de Enfield, em Londres, com uma família de 4 filhos; porém, o poltergeist escolheu apenas a filha de 11 anos Janet para possuir. O caso tomou proporções enormes e ficou conhecido em toda a Inglaterra e, logo depois, em todo o mundo.
   Até hoje o caso é discutido por várias informações apresentarem discrepância, bem como a menina Janet, hoje uma adulta, se negar veemente a dar qualquer tipo de entrevista, apenas aparecendo raramente na TV e agora novamente por causa da saída do filme. Muitas coisas não aconteceram de verdade, claro, sempre há um toque de Hollywood. Por isso que é "baseado".
Uma das fotos mais conhecidas do caso, onde supostamente a menina Janet levita. Porém, parece que está, na verdade, pulando. A foto divide opiniões até os dias atuais.
   O filme começa já com tensão, com o casal Ed e Lorraine Warren investigando o caso de Amityville, também conhecidíssimo, ocorrido em 1974 onde um jovem matou toda a sua família a pedido de 'vozes que falavam constantemente com ele'. Prepare-se para pular e entrar logo no clima. Pela duração do filme (quase duas horas e meia) há tempo suficiente para explorar toda a família, seus costumes, seu ambiente e rolar uma imersão boa do espectador. O filme não se torna cansativo, pois mescla cenas de tensão com até algumas emocionantes. O fantástico diretor, James Wan, vai preparando o clima do espectador até chegar no clímax, onde tudo se revela.
   Familiarizados com o clima de Invocação 1 sairão muito felizes do cinema. O filme possui de uma boa história a uma boa maquiagem, uma ótima continuidade, mistério e claro, vários jumpscares pra fazer a alegria de alguns. Lembrando que o filme não se apóia nos jumpscares, e sim utiliza-os na hora certa.
   O ano estava sendo difícil para os fãs de terror: com algumas apostas que acabaram afundando (principalmente devido ao marketing), nota-se que Invocação 2 foi mais discreto e não apostou tanto em alcunhas ("Filme mais assustador da década" "As pessoas vomitaram nas salas de cinema" e todos esses baits desnecessários). Assim, as pessoas foram assistir sabendo apenas que o diretor tem uma ótima fama e que o antecessor foi ótimo e estão saindo satisfeitas.
   O filme está recomendadíssimo, pra ver com amigo, pai, mãe, namorado, e principalmente sozinho à noite. Assista sem se prender à história original do poltergeist e terá um prato cheio.

domingo, 17 de abril de 2016

A Bruxa (The Witch) - 2015

Após 2 anos afastada do blog, em meio a bolsa, estágio, faculdade, TCC, decidi voltar para comentar este filme após muitos pedidos e, quem sabe, voltar para ficar. Sem mais delongas, o filme de horror mais amado/odiado de 2016, nosso querido A Bruxa.
[leia tranquilo, minhas análises não contém spoilers]


A Bruxa/The Witch
·   Nota no site IMDb: 7,2
·   Direção: Robert Eggers
·   Gênero: Terror
·   Origem: EUA
·   Duração: 92 min.
·   Elenco: Anya Taylor-Joy, Ralph Ineson, Kate Dickie
(retirado de: http://www.imdb.com/title/tt4263482/)

Sinopse:
"Nova Inglaterra, década de 1630. O casal William e Katherine leva uma vida cristã com suas cinco crianças em uma comunidade extremamente religiosa, até serem expulsos do local por sua fé diferente daquela permitida pelas autoridades. A família passa a morar num local isolado, à beira do bosque, sofrendo com a escassez de comida. Um dia, o bebê recém-nascido desaparece. Teria sido devorado por um lobo? Sequestrado por uma bruxa? Enquanto buscam respostas à pergunta, cada membro da família seus piores medos e seu lado mais condenável."
(retirado de: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-233854/)

Crítica:
     A Bruxa, grande aposta de horror da Universal em 2016, foi um extremo divisor de opiniões. Por não ser um filme de terror "convencional" (o que quero dizer em convencional é: gritos, almas perseguindo gente, sustos, jasons com facões), os cinéfilos de plantão tiveram opiniões bastante diferentes: ame-o ou deixe-o. A ambientação antiga, as respostas deixadas no ar, um desenrolar entediante e um final "em aberto", são alguns dos fatores que fazem as pessoas começarem a se irritar e questionar se seu dinheiro foi bem gasto. O que não se pode reclamar da Universal foi seu grande afinco em aumentar o hype do público, sedento por um novo Exorcista.
     O filme começa com uma família sendo expulsa de um vilarejo por motivos religiosos e indo morar no meio do nada, na mais completa miséria, tanto financeira quanto mental. A partir de um acontecimento ocorrido com o bebê da família, toda a confiança é desestruturada e vemos um desgaste mental agravado por uma fé cega e uma religião que mais condena do que salva, afinal, quanto mais clamam por Deus, mais ele os abandona naquela floresta e eventos bizarros começam a acontecer.

Thomasin, representando a figura da mulher abusada e silenciada ao longo da história

    Fruto do diretor Robert Eggers, um diretor novato, A Bruxa não é um filme para dar sustos, fator este que desapontou 90% de seu público insatisfeito. Ganhador do prêmio Sundance, a película aposta principalmente em sua atmosfera, com ótima fotografia e jogos de câmera que mostram apenas um vislumbre do que seria visto, levando o telespectador a imaginar. A trilha sonora também é muito bem feita e constrói todo o ambiente de tensão. Sua construção, enfim, lembra nossa boa amiga A Bruxa de Blair. O filme deve ser assistido não com grandes expectativas, e sim se ater ao que foi mostrado no trailer. Tranquilo e aberto a novas experiências e sensações. Não é grande fã de suspense? Não gosta apenas de ficar na imaginação? Prefere sangue e tripas? Pulos da cadeira? Este não é o seu lugar.
     No fim, o que mais pecou em A Bruxa foi seu marketing, que prometia o filme mais assustador de 2016, e porque não, da década. Guardem seus likes para uma franquia como Invocação do Mal, ou Jogos Mortais, que satisfarão mais os jovens de 14 anos que vão assistir escondidos dos pais e só acham que o filme é BOM se fazer você borrar as calças. A Bruxa: um bom filme de suspense arruinado pelo marketing blockbuster.